Setores Estratégicos

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AlentejoAeronáutica, Espaço e Defesa

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Nos últimos anos, o Alentejo afirmou-se como ecossistema competitivo em aeronáutica, espaço e defesa, fruto da estreita cooperação e do alinhamento estratégico entre território, indústria e I&D. O posicionamento regional, enquadrado na Estratégia de Especialização Inteligente (EREI) — agora com eixo específico de Defesa — tornou este domínio um dos mais emergentes da região, o que se comprova pelo forte investimento externo e pela atração de projetos de duplo uso (civil e militar).

A constituição de uma parceria alargada com as organizações-chave do Cluster Aeroespacial e de Defesa do Alentejo, articulando os polos de Beja, Évora, Grândola e Ponte de Sor, tem sido decisiva para consolidar a cadeia de valor: da conceção e manufatura avançada à MRO, operações, treino, sistemas autónomos (UAS/eVTOL), cibersegurança e comunicações seguras. Assim, o Alentejo afirma-se como polo nacional emergente, com ambição de projeção europeia e global.

Este percurso só foi possível com a preparação técnica dos agentes económicos regionais — em especial municípios e organismos de interface — criando condições de excelência para acolhimento de investimento. O Sistema Regional de Transferência de Tecnologia do Alentejo, em articulação com universidades e politécnicos, tem fomentado parcerias nacionais e internacionais de apoio ao empreendedorismo e à investigação aplicada, gerando riqueza, emprego qualificado e coesão social, e fortalecendo um ecossistema de inovação com aplicações em segurança e defesa.

Destaca-se a elevada capacidade de captação de investimento do setor. Aernnova, Sevenair, Lauak, Mecachrome e Tekever são exemplos de empresas âncora que catalisam novas apostas industriais e tecnológicas, integrando o Alentejo em cadeias de fornecimento aeronáuticas e de defesa, e contribuindo para exportações, certificações e qualificação de talento.

O Aeródromo Municipal de Ponte de Sor sobressai como uma das principais infraestruturas do Alentejo — entre as mais bem apetrechadas do país — reforçado pelo Campus Aeronáutico e pelo Portugal Air Summit, a maior cimeira aeronáutica da Península Ibérica. Estrutural para operações de Proteção Civil e missões de interesse público, o aeródromo consolida-se como plataforma de validação tecnológica, treino e demonstração e prepara-se para acolher novas agendas mobilizadoras.

AlentejoAgroindústria

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O Alentejo vive uma fase de transição. Após a instalação das grandes áreas de novas culturas, a produção agrícola sofreu um incremento inigualável na última década, sustentado por possuir 54% da Superfície Agrícola Utilizada (SAU) de Portugal e uma dimensão média por exploração de 68,9 hectares, cinco vezes superior à média nacional. Uma parte significativa desta produção, com produtos que vão do azeite ao vinho, das frutas aos legumes, dos cereais aos frutos secos, é transformada fora da região. A tendência atual mostra um aumento constante do peso das culturas permanentes, com destaque para o olival, que em 2024 ocupava cerca de 74.059 hectares no perímetro de Alqueva. O passo que inevitavelmente está a ser dado é a afirmação da capacidade do Alentejo em acolher a fileira das agroindústrias.

Para tal, há que destacar a presença de mais de 30 parques industriais espalhados pela zona de influência do Projeto de Alqueva, bem como as acessibilidades e a proximidade aos principais mercados consumidores, que criam condições para o investimento neste segmento de atividade. Prova disso é a concentração de lagares de azeite modernos na zona de Alqueva, que representam cerca de 63% do total da região, evidenciando a crescente internalização da transformação.

Em suma, o setor da Agroindústria no Alentejo carateriza-se pelos seguintes atributos: grande produção agrícola, sendo responsável por 90% da produção de azeite nacional e possuindo a maior superfície regada do país, com 218.821 hectares ; mais de 30 parques industriais com áreas livres para a instalação de agroindústrias; boa rede rodoviária e ferroviária; ligação ao Porto de Sines e a presença do Aeroporto de Beja.

O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva assume-se como um investimento âncora para o desenvolvimento do Alentejo, garantindo o abastecimento de água para uma área de regadio que atinge os 130 mil hectares. Este projeto tem sido um instrumento estruturante e mobilizador, que se reflete no dinamismo económico e social, onde o setor primário empregava, no segundo trimestre de 2024, um total de 25.500 pessoas na região.

AlentejoDIGITAL

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Este eixo pretende a dinamização da transição digital, um dos pilares estratégicos da região, conforme delineado na Agenda Digital do Alentejo 2030. Esta transição é impulsionada pela amarração de cabos submarinos de telecomunicações e pelo anúncio de um projeto que consiste num megacentro de dados em Sines. Estes cabos são essenciais para garantir a sustentabilidade de um futuro com um tráfego de internet cada vez maior e mais exigente.

A nova estratégia digital da União Europeia aumentará a conectividade global, a importação de mais dados e a expansão do mercado de armazenamento e processamento de dados. Neste contexto, o Sines Tech quer desempenhar um papel relevante na “EU Data-Gateway Platforms”, nomeadamente na Plataforma Atlântica Europeia. A Agenda Digital do Alentejo visa consolidar esta infraestrutura, reforçando a capacidade de supercomputação instalada em Évora e Sines e promovendo a criação de Zonas Livres Tecnológicas em setores emergentes como o aeroespacial e a mobilidade autónoma.

A ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines é considerada um dos locais mais promissores para desenvolver um hub digital europeu, graças à sua localização geográfica e aos seus fundos marítimos profundos, favoráveis à instalação de cabos submarinos. Contudo, a concretização desta agenda enfrenta o desafio das competências da população. Em 2023, o Alentejo registou o nível mais baixo de literacia digital (básica ou superior) de Portugal Continental, com 47,8% , apesar de 82,4% da população ter utilizado a Internet. A Agenda Digital do Alentejo responde a esta necessidade, estabelecendo como prioridade a redução da exclusão digital e o aumento do número de especialistas em tecnologias de informação. Paralelamente, a digitalização dos serviços públicos avança, com Portugal a registar uma das maiores subidas no índice europeu de eHealth, melhorando a sua pontuação em 23 pontos percentuais entre 2022 e 2023.

AlentejoEnergia

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Na área da energia, o Alentejo dispõe de importantes recursos endógenos, como o sol, que tem contribuído para que a região se tenha tornado, nos últimos anos, o principal centro de produção de energia fotovoltaica em Portugal.

A nossa região e, mais concretamente, o município de Sines, possui um dos principais centros de especialização nacionais no domínio da petroquímica, devido à presença de empresas relevantes como a Galp Energia, a Repsol Polímeros e a Indorama.

Atualmente, o Complexo Portuário, Logístico e Industrial de Sines é o hub energético nacional, a que acresce estar a emergir na ZILS um cluster distinto, de novas energias e transição energética, com enorme potencial multiplicador de indústria e serviços para o Alentejo e o país. Este potencial é enquadrado pela Agenda Digital do Alentejo 2030, que define como prioridades estratégicas a digitalização como motor da descarbonização, a criação de comunidades de energia renováveis para cidadãos e empresas, e a implementação de redes de energia inteligentes e integradas.

AlentejoPortos e Logística

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A rede de infraestruturas de transporte que serve o Alentejo é diversificada, garantindo ligações rápidas e seguras, por via terrestre, marítima e aérea aos territórios envolventes.

O Complexo Portuário, Industrial e Logístico de Sines, por se situar no cruzamento entre as rotas mediterrânicas e atlânticas, garante ligações diretas a todos os continentes.

Em Sines está localizado o maior porto de carga contentorizada do país. O seu modelo de desenvolvimento assenta fortemente no transbordo (transferência de carga entre navios), que representa cerca de 80% do total movimentado. Atualmente, o Terminal XXI, após ter ultrapassado a sua capacidade, tem em curso a revisão da sua concessão para aumentar a capacidade para 4.1 milhões de TEU/ano. Adicionalmente, foi aprovado um concurso público para um novo terminal com capacidade para 3 milhões de TEU/ano.

Dotado de capacidade de expansão em todos os segmentos de carga, o Porto de Sines dispõe de um terminal para granéis sólidos e garante o abastecimento energético do país, em petrolíferos e gás natural, sendo o epicentro energético nacional. Oferece ainda ligações diretas semanais aos principais mercados mundiais no que respeita à carga contentorizada.

Movimentando todos os tipos de carga num regime de operação 24/24h, Sines está na vanguarda da digitalização dos processos portuários através de sistemas como a Janela Única Logística (JUL) e a agenda de inovação Nexus. Esta eficiência oferece às empresas instaladas na sua zona de influência, como a ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines, uma maior competitividade nos mercados externos.

AlentejoTurismo

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O Turismo representa o segundo contributo mais importante para o PIB regional, sendo o que mais proveitos deixa no território.

A atividade turística no Alentejo representa, na estrutura do PIB regional, um peso semelhante aos demais eixos que integram o projeto Invest in Alentejo, com a particularidade de ser um setor maioritariamente composto por nano, micro e PME’s, ascendendo o seu número a quase sete centenas.

Entre o alojamento e várias outras áreas de exploração, o turismo atinge um contributo a rondar os 690 milhões de euros para a economia regional, proveito esse disseminado por milhares de empresários.

O setor do turismo deve ser potenciado, alinhando a sua promoção com a Estratégia Turismo 2027 (ET27), que visa um crescimento em valor através de uma oferta diferenciada, a atenuação da sazonalidade e a sustentabilidade da atividade em todo o território. Nesse sentido, a iniciativa Invest in Alentejo organiza missões empresariais focadas em mercados específicos, nomeadamente:

  • Mercados maduros (para Portugal, mas ainda por consolidar para o Alentejo): EUA e Brasil.
  • Mercados em crescimento: Itália, Canadá, Países Nórdicos, Suíça e Áustria.
  • Mercados de diversificação: China, Japão, Coreia do Sul, países do Sudeste Asiático e do Médio Oriente.

Estas ações permitem ao tecido empresarial local estabelecer novos contactos com players globais, facilitando a sua internacionalização e, consequentemente, a sua performance.